SMAQ - Sindicato dos Maquinistas
Operadores de Circulação da Medway frequentam Curso de Maquinistas

Aquando da negociação do AE Medway/SMAQ em vigor, que introduziu uma nova realidade na operação desta empresa, o SMAQ colocou como condição incontornável a possibilidade de todos os Operadores de Circulação (Agentes de Acompanhamento), que reunissem as características necessárias, pudessem aceder à formação para ingresso na Profissão de Maquinista. Assim, foi iniciado no passado mês de abril, e com término previsto para setembro de 2023, um Curso de Maquinistas exclusivamente para Operadores de Circulação, formação esta totalmente suportada pela Medway.

Como sabemos, este curso no mercado tem um valor superior a 15 mil euros. Portanto, estes trabalhadores (11 no total), fruto da ação sindical do SMAQ, tiveram a oportunidade única de frequentarem o Curso de Maquinistas e, consequentemente, evoluírem positivamente, com ganhos financeiros e profissionais, na sua carreira dentro da Medway. Está previsto o início de um novo curso ainda este ano com os mesmos objetivos e características.

O SMAQ expressa a sua satisfação e dá as boas-vindas a estes profissionais pelo seu ingresso na Carreira de Tração.

O SMAQ, como Sindicato cuja primordial função é a defesa dos trabalhadores, em todas as negociações e em todas as empresas, tem como objetivo fundamental a defesa dos postos de trabalho, da qualidade do emprego e da evolução profissional e social dos trabalhadores e exigirá em todos os casos que venham a colocar-se no futuro o mesmo procedimento que foi adotado na Medway.

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Reunião da Junta Diretiva do ALE – Federação dos Sindicatos dos Maquinistas da Europa
A Direção do SMAQ estará presente na Reunião da Junta Diretiva do ALE – Federação dos Sindicatos dos Maquinistas da Europa, que se realiza em Bruxelas nos dias 7 e 8 de junho de 2023.
Estando em curso a revisão da Diretiva Europeia relativa aos maquinistas, o ALE pretende manifestar claramente a sua posição sobre esta matéria às autoridades políticas da União Europeia.
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POSTER CIENTÍFICO “IMPACTO PSICOLÓGICO DO SUICÍDIO NA FERROVIA: SAÚDE MENTAL E ACEITAÇÃO DO SUICÍDIO EM MAQUINISTAS” OBTÉM MENÇÃO HONROSA NO XIX SIMPÓSIO SOCIEDADE PORTUGUESA DE SUICIDOLOGIA

A equipa de investigadores do Laboratório de Reabilitação Psicossocial da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, autora do Estudo “Fatores de Desgaste psicológico e Trauma nos Maquinistas da Ferrovia Portuguesa” [1], liderada pela Professora Doutora Cristina Queirós, apresentou dois posters científicos baseados neste trabalho no XIX Simpósio de Suicidologia que decorreu nos dias 13, 14 e 15 de abril na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, tendo poster intitulado “Impacto Psicológico do Suicídio na Ferrovia: Saúde Mental e Aceitação do Suicídio em Maquinistas” obtido do júri uma Menção Honrosa.

 

O impacto que o exercício da atividade profissional dos maquinistas tem na sua saúde psicológica é a principal razão da colaboração deste Sindicato com este laboratório na realização destes estudos. O SMAQ reivindica igualmente junto das empresas e dos organismos que governam a atividade ferroviária em Portugal e na Europa o estabelecimento de protocolos de acompanhamento psicológico aos maquinistas intervenientes em situações de colhidas na via.

[1] Queirós, C., Fonseca, S., & Faria, S. (2021). Relatório Técnico: Fatores de desgaste psicológico e trauma nos maquinistas da ferrovia portuguesa. Porto: LabRP da FPCEUP.

Seguidamente apresentamos os resumos dos trabalhos apresentados:


Painel temático: Suicídio na ferrovia

Autores & Afiliação:

Cristina Queirós 1, Sara Faria 1, Sérgio Fonseca 1 & SMAQ 2

 1 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação – Universidade do Porto, 2 Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses

Autor responsável: Cristina Queirós

 Impacto psicológico do suicídio na ferrovia: saúde mental e aceitação do suicídio em maquinistas

Durante a sua atividade profissional a maioria dos maquinistas já foi confrontada com casos de suicídio na ferrovia, concretizados através do comboio que conduzem. Apesar de existirem protocolos de atuação a cumprir, a situação tem impacto emocional negativo que pode afetar a saúde mental do maquinista, nomeadamente evolução do stress no trabalho para burnout e uma habituação ao suicídio que legitime este para si próprio.

Pretendem-se conhecer os níveis de stress/ansiedade/depressão, stress pós-traumático, burnout e aceitação do suicídio em maquinistas de comboios envolvidos em suicídios na linha.

No âmbito de um estudo mais vasto do SMAQ/FPCEUP com dados recolhidos online em 2019 em 664 maquinistas de comboio/metro no ativo, selecionaram-se 286 maquinistas (43%) envolvidos em suicídios na linha, usando os questionários EADS (Saúde mental), IES-R (stress pós-traumático), CESQT (burnout) e CCCS-18 (aceitação do suicídio).

Encontrou-se 30% da amostra com sintomas de stress, 44% de ansiedade, 49% com sintomas depressivos, 36% com burnout e 80% com sintomas de stress pós-traumático, dos quais 59% com trauma intenso, sendo baixa a aceitação do suicídio. Existiram correlações positivas significativas entre as variáveis psicológicas, sendo a legitimação do próprio suicídio explicada em 14% pelo burnout, 9% pelo stress/ansiedade/depressão e 3% pelo stress pós-traumático, sem contributos significativos de variáveis sociodemográficas nem laborais.

Os resultados alertam para o risco de adoecimento psicológico deste grupo profissional pouco investigado, mas que no confronto frequente com o suicídio de outras pessoas apresenta stress pós-traumático intenso, contribuindo o burnout para um desgaste psicológico que favorece a aceitação do próprio suicídio. Urge que a Suicidologia desenvolva estratégias de atuação direcionadas para este grupo profissional pois cerca de metade está envolvido em suicídios na linha, com todo o impacto negativo que este acarreta.

Palavras-chave: Suicídio, Ferrovia, Maquinistas, Burnout, Stress pós-traumático.

* Sublinhado da nossa responsabilidade.


Painel temático: Suicídio na ferrovia

Autores & Afiliação:

Cristina Queirós 1, Sara Faria 1, Sérgio Fonseca 1 & SMAQ 2

 1 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação – Universidade do Porto, 2 Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses

Autor responsável: Cristina Queirós

 Impacto psicológico do suicídio na ferrovia: saúde mental e aceitação do suicídio em maquinistas

Durante a sua atividade profissional a maioria dos maquinistas já foi confrontada com casos de suicídio na ferrovia, concretizados através do comboio que conduzem. Apesar de existirem protocolos de atuação a cumprir, a situação tem impacto emocional negativo que pode afetar a saúde mental do maquinista, nomeadamente evolução do stress no trabalho para burnout e uma habituação ao suicídio que legitime este para si próprio.

Pretendem-se conhecer os níveis de stress/ansiedade/depressão, stress pós-traumático, burnout e aceitação do suicídio em maquinistas de comboios envolvidos em suicídios na linha.

No âmbito de um estudo mais vasto do SMAQ/FPCEUP com dados recolhidos online em 2019 em 664 maquinistas de comboio/metro no ativo, selecionaram-se 286 maquinistas (43%) envolvidos em suicídios na linha, usando os questionários EADS (Saúde mental), IES-R (stress pós-traumático), CESQT (burnout) e CCCS-18 (aceitação do suicídio).

Encontrou-se 30% da amostra com sintomas de stress, 44% de ansiedade, 49% com sintomas depressivos, 36% com burnout e 80% com sintomas de stress pós-traumático, dos quais 59% com trauma intenso, sendo baixa a aceitação do suicídio. Existiram correlações positivas significativas entre as variáveis psicológicas, sendo a legitimação do próprio suicídio explicada em 14% pelo burnout, 9% pelo stress/ansiedade/depressão e 3% pelo stress pós-traumático, sem contributos significativos de variáveis sociodemográficas nem laborais.

Os resultados alertam para o risco de adoecimento psicológico deste grupo profissional pouco investigado, mas que no confronto frequente com o suicídio de outras pessoas apresenta stress pós-traumático intenso, contribuindo o burnout para um desgaste psicológico que favorece a aceitação do próprio suicídio. Urge que a Suicidologia desenvolva estratégias de atuação direcionadas para este grupo profissional pois cerca de metade está envolvido em suicídios na linha, com todo o impacto negativo que este acarreta .

Palavras-chave: Suicídio, Ferrovia, Maquinistas, Burnout, Stress pós-traumático.

* Sublinhado da nossa responsabilidade.


 

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